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Aberta nova temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no Brasil

18/09/2014 - É a 34ª monitorada pelo Tamar. Cuidados redobrados nas praias de desova e mais informações para pesquisa e conservação. Leia mais. ↓

Aberta nova temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no Brasil

Praia do Forte-BA. Tartaruga-cabeçuda em processo de desova.

Começa em setembro/2014 a 34ª temporada reprodutiva das tartarugas marinhas monitorada pelo Projeto Tamar. As equipes de pesquisadores já estão nas praias para proteger os locais onde as fêmeas fazem seus ninhos, garantir que os filhotes possam nascer em segurança e coletar dados para a conservação desses animais. O litoral dos estados de Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, e das ilhas oceânicas de Fernando de Noronha-PE e Trindade-ES, vão gerar mais de 2 milhões de novas tartaruguinhas protegidas pelo Tamar. Atividades de sensibilização e educação ambiental já estão ocorrendo nos centros de visitantes do Projeto e nas colônias, associações de pescadores, em condomínios, empreendimentos turísticos e comerciais próximos às praias de desova.

 
Conversas com pescadores, tirinhas educativas ampliadas e posicionadas nas praias - conhecer para proteger.

A colaboração de toda a sociedade é fundamental para o êxito do trabalho que há 35 anos pesquisa e protege áreas prioritárias para a conservação das 5 espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Nos centros de visitantes são apresentadas as principais informações sobre a biologia desses animais, ameaças a sua sobrevivência e a importância de protegê-los. Mais de 15 milhões de pessoas já visitaram o Tamar, que está presente em 25 comunidades costeiras no país.

Até hoje, o Projeto conseguiu proteger 20 milhões de filhotes de tartarugas marinhas. Em 2015, os números esperados são positivos, considerando-se  a comprovação científica do início da recuperação das populações de três espécies: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente e tartaruga-cabeçuda, como conta o fundador e coordenador nacional, oceanógrafo Guy Marcovaldi. "Alcançamos uma marca histórica para a conservação ao protegermos tantos filhotes. Mas isso corresponde a apenas uma geração desses animais pré-históricos, que levam quase 30 anos para se reproduzirem. Estamos muito felizes com os resultados e sempre em alerta para o que ainda temos que fazer. Atenção! As tartarugas já estão nas praias!".

 
Já já recomeçam as solturas de filhotes. O público pode acompanhar.

Principais ameaças - A participação das pessoas no programa de conservação é fundamental, pois além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças à vida das tartarugas marinhas, destacando-se: pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; fotopoluição; trânsito de veículos nas praias; poluição dos oceanos e mudanças climáticas.

Pesca incidental
Iluminação artificial / Fotopoluição
Trânsito de veículos
Poluição
Sombreamento

Resultados da temporada anterior - Na temporada 2013-2014, houve aumento de 14% no número de ninhos protegidos em relação à temporada anterior (2012-2013). Foram protegidos 9.934 ninhos de tartaruga-cabeçuda; 8.779 ninhos de tartaruga-oliva; 4.956 de tartaruga-verde; 2.842 ninhos de tartaruga-de-pente e 159 de tartaruga-de-couro.

Desde sua criação, no princípio dos anos 80, o Tamar prioriza pesquisas que resolvam aspectos práticos para a proteção desses animais. Realiza estudos de longo prazo, contando com mais de 25 anos de coleta de dados padronizada, armazenada em um sistema de informação integrado. O acúmulo de conhecimento permite realizar análises para adoção das estratégias de conservação mais adequadas às diferentes regiões e ameaças.

 

 

Tartaruga Tartaruga-verde ou Tartaruga-aruanã

FUNDAÇÃO PROJETO TAMAR FLORIANÓPOLIS - SC

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