A incidência de luz artificial nas praias, resultado da expansão urbana sobre o litoral, prejudica fêmeas e filhotes. As fêmeas alteram seus locais de desova, as praias iluminadas inadequadamente. Os filhotes, por sua vez, ficam desorientados ao saírem dos ninhos: ao invés de seguir para o mar, guiados pela luminosidade do horizonte, caminham para o continente, atraídos pela iluminação artificial - e fatalmente são atropelados, devorados por predadores como cães e raposas, ou morrem de desidratação perdidos em meio a vegetação de dunas e restingas.
As leis ambientais que determinam os níveis máximos de iluminação tolerados em praias de desovas foram grande conquista na proteção das tartarugas marinhas. A Fundação Projeto Tamar realiza campanhas permanentes para substituição de luminárias convencionais por outras menos impactantes, especialmente desenhadas para que a luz não incida diretamente sobre a praia.
Orientações básicas sobre iluminação nas praias - veja o que pode ser feito para iluminar a orla de forma adequada, sem prejudicar as tartarugas marinhas.
As orientações estão na Cartilha de Fotopoluição. O documento busca esclarecer aos proprietários de residências, empreendedores e comerciantes sobre a importância do Litoral Norte baiano para a proteção das tartarugas marinhas e orienta quanto à legislação vigente e melhores práticas para a minimizar os impactos gerados pela iluminação artificial. Pode servir como base para qualquer região do Brasil que queira implantar projetos de iluminação de forma a não prejudicar os animais que desovam na praia.