Capturadas incidentalmente em redes de espera ou arrastos, as tartarugas são forçadas a permanecer submersas por muito tempo, não conseguindo subir à superfície para respirar. Se não socorridas a tempo, pelos pescadores, acabam por morrer afogadas. Tartarugas capturadas em pescarias de espinhel tendem a engolir anzóis e linhas, causando graves lesões ao sistema digestivo que podem também levar estes animais a óbito. Ao se enroscar em redes e linhas de pesca, as tartarugas também correm o risco de ter lesões e perda de nadadeiras, comprometendo seriamente sua sobrevivência.
A captura incidental é considerada atualmente a principal ameaça às populações de tartarugas marinhas em todo o mundo. No Brasil, assim como no resto do mundo, pescarias de emalhe, arrastos de camarão e espinhéis em alto mar são algumas das principais modalidades de pesca que interagem com as tartarugas.
Por isso, a Fundação Projeto Tamar desenvolve programa específico que inclui educação ambiental e orientação aos pescadores, além de desenvolver e testar modificações em petrechos, mudanças de horários de pesca e outras propostas de ajustes que possam reduzir a mortalidade e/ou índices de captura, buscando compatibilizar a continuidade destas atividades com a proteção das espécies ameaçadas.