08/09/2018 - A Rede ASO-Tartarugas reúne grupos e pesquisadores do Brasil, Uruguai e Argentina, que atuam na pesquisa e conservação das tartarugas marinhas na área do Atlântico Sul Ocidental (ASO). Saiba mais ↓
Nos dias 13 a 16 de agosto, na Sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, aconteceu a IX Reunião e VIII Jornada de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas no Atlântico Sul Ocidental da Rede ASO.
A Rede ASO-Tartarugas, criada em 2003, reúne grupos e pesquisadores do Brasil, Uruguai e Argentina, que atuam na pesquisa e conservação das tartarugas marinhas que ocorrem na área do Atlântico Sul Ocidental (ASO). Trinta instituições de conservação e pesquisa participam da Rede, que enfoca principalmente interação com a pesca, monitoramento de encalhes e educação ambiental, temas comuns aos três países. O evento contou com a participação de 200 pesquisadores e estudantes universitários.
A oceanógrafa Neca Marcovaldi, fundadora e coordenadora de conservação e pesquisa do Projeto Tamar, fez uma apresentação na abertura do evento, contando a história da conservação das tartarugas marinhas no Atlântico Sul Ocidental, contextualizando a situação das tartarugas nos anos 70 até a atualidade, ressaltando o papel da colaboração de todos que trabalham para proteger as tartarugas marinhas.
A veterinária Cecília Baptitotte, analista ambiental do Centro Tamar/ICMBio, apresentou uma análise geral dos dados sobre ocorrências de tartarugas marinhas gerados pelos programas de monitoramento de praias (PMP). O biólogo e coordenador do Centro Tamar/ICMBio no Espírito Santo, Joca Thomé, participou da mesa redonda sobre o Status de Conservação das Espécies de tartarugas marinhas. O biólogo Henrique Becker do Tamar-SP apresentou uma primeira análise de 7 anos de monitoramento de capturas incidentais de tartarugas marinhas na pescaria costeira com redes de emalhe de superfície em Ubatuba/SP.
Além das apresentações orais, a equipe do Tamar também apresentou dois banners do Ceará: “Calendário ecológico: uma ferramenta para a conservação das tartarugas marinhas”; “Registros de tartaruga-oliva Lepidochelys olivacea na pescaria de currais de pesca, Ceará, Brasil”. Nesta VIII Jornada de Pesquisa da ASO, destacou-se a grande diversidade de trabalhos de pesquisa acadêmicos, elaborados a partir da coleta de materiais e dados gerados pelos programas de monitoramento de praias.
Participaram também da Reunião ASO o oceanógrafo Gilberto Sales, analista ambiental do Centro Tamar/ICMBio e os biólogos Bruno Giffoni e Fernando Alvarenga do Tamar SP, que representaram o Tamar no workshop sobre capturas incidentais na pesca; a bióloga Valéria Rocha do Tamar BA participou do grupo de trabalho de Educação Ambiental; o biólogo do Tamar SC, Daniel Rogério, participou do grupo de trabalho sobre biologia, ecologia e estudos de populações; e a veterinária Daniela Costa participou do grupo de trabalho de veterinária.
As reuniões acontecem a cada dois anos, alternando-se as sedes entre os três países. A próxima reunião acontecerá no Uruguay, em 2020.
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