30/07/2018 - Projeto da SOS Mata Atlântica mobiliza comunidades em torno da qualidade da água de rios, córregos e outros corpos d’água das localidades onde elas vivem. Leia mais ↓
Durante um ano os alunos da Escolinha do TAMAR vão realizar coletas mensais em um trecho do Rio Capivara, em Arembepe-BA, para monitorar seus padrões físico-químicos. Seguindo metodologia do Projeto Observando Rios da ong SOS Mata Atlântica, o grupo de monitoramento SOS Capivara foi criado como uma parceria entre as duas organizações. O Rio Capivara se encontra com o Rio Jacuípe logo em sua foz, entre as praias de Berta e Jacuípe, no litoral norte da Bahia. Essas praias são importantes áreas de reprodução de tartarugas marinhas, em especial a praia de Berta, que concentra numero significativo de ninhos de tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).
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A iniciativa do Observando Rios é aberta à população, que pode participar dos grupos de monitoramento já existentes ou ajudar a criar novos grupos em rios próximos a escolas, igrejas e outros centros comunitários.
O monitoramento das águas é realizado com um kit desenvolvido pela SOS Mata Atlântica. Os grupos fazem a medição uma vez por mês e enviam os resultados pela internet. Esse kit possibilita a avaliação dos rios a partir de 16 parâmetros, que incluem níveis de oxigênio, fósforo, PH, odos, aspectos visuais, entre outros, e classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação, de acordo com a legislação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).
A análise dos resultados compõe o relatório o "Retrato da Qualidade da Água no Brasil", amplamente divulgado por ano, em geral no Dia Mundial da Água. Segundo Malu Ribeiro, especialista em recursos hídricos da Fundação SOS Mata Atlantica, a formação de uma rede de cidadãos para monitorar a qualidade de água dos rios brasileiros é um instrumento de engajamento e mobilização por avanços de saneamento.
O trabalho realizado pelos alunos será registrado, descrito e os resultados apresentados junto ao conteúdo da cartilha anual da Escolinha do TAMAR de 2018.
O Projeto TAMAR começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. A Petrobras é a patrocinadora oficial do TAMAR, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A Fundação Pró-TAMAR é a principal executora das ações do PAN - Plano Nacional de Ação para a Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil do ICMBio/MMA. O TAMAR trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 26 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
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