31/08/2017 - Representantes da cultura caiçara se reúnem no TAMAR. Leia mais. ↓
Grupos musicais, de dança e da cultura caiçara se apresentaram no palco do TAMAR durante o VII Mês da Cultura Popular, que aconteceu de 5 a 19 de agosto de 2017, em Ubatuba-SP. A abertura, dia 05, na Praia do Itaguá, teve a soltura de tartarugas marinhas reabilitadas. À noite, o encontro do músico Luís Perequê e do Fandango Caiçara trouxe tradições da cultura local que até hoje são mantidas vivas. Músico de Paraty, Luís Perequê é representante da cultura caiçara e criador do “Defeso Cultural”, que visa preservar as manifestações artísticas e culturais da região.
No dia 12, a Congada de São Benedito do Puruba abriu a noite, trazendo a tradicional congada de bastões, mantida viva em Ubatuba graças ao esforço de Seu Dito Fernandes, grande responsável por ensinar a congada às novas gerações. Depois foi a vez da exibição do documentário “Memórias da Capela Itaguá”, da Gopala Filmes, que trouxe relatos e cenas da histórica capela Nossa Senhora das Dores, tão presente nas manifestações onde a cultura e a religião se misturam. Na sequência, a Dança da Fita do Itaguá apresentou essa manifestação trazida pelos primeiros imigrantes europeus e que hoje já faz parte da cultura popular do Brasil. Fechando a noite, a apresentação do documentário “Eu tenho meu Sonho”, do mestre quilombola Seu Zé Pedro. "O encontro entre Seu Zé Pedro e Seu Dito Fernandes aproximou esses 2 amigos de infância, que há muito tempo não se encontravam, trazendo à memória os “causos” desses dois grandes representantes da cultura caiçara em Ubatuba", conta a coordenadora do TAMAR Ubatuba Berenice Gomes.
No dia 17, foi a vez da contadora de histórias Mariza Taguada, que trouxe um pouco do folclore popular e das lendas caiçaras aos mais de 30 alunos que participam da “contação de histórias”. No dia 18, o produtor Guilherme Rodrigues esteve presente na exibição de seu documentário “Caiçaras: às margens do Brasil”. O documentário traz um pouco o modo de vida do povo caiçara e o impacto que a construção da BR-101 trouxe a essas cominidades. Fechando a programação no dia 19, a apresentação musical do Grupo Concertada trouxe um repertório da MPB e canções da cultura popular regional.
Diariamente, durante a programação do Mês da Cultura Popular, o Tamar ainda exibiu curtas-metragens do folclore popular da série “Juro que vi”, aguçando o imaginário de crianças sobre personagens do folclore como o Saci, a Iara, o Curupira e outros.
Mais de 600 pessoas participaram da programação do 7º Mês da Cultura Popular do Tamar, que contou com o apoio de parceiros locais e dos artistas que se dispuseram a participar voluntariamente das apresentações culturais, mantendo vivas as tradições da cultura popular e caiçara.
O TAMAR começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, hoje o Projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Em Ubatuba, recebe o apoio da Prefeitura Municipal. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Projeto TAMAR: Manejo Adaptativo na Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil
No mês das crianças, que tal se aproximar das tartarugas marinhas?
Celebração da Oceanografia: Homenagem e Inovação em Prol da Conservação Marinha
Fundação Projeto TAMAR é convidada pelo Governo Brasileiro, para missão em Benim.