26/11/2015 - Oficina de avaliação do PAN aconteceu no Espírito Santo. Leia mais. ↓
Brasília (20/11/2015) – Apesar do sucesso obtido com os trabalhos de proteção e conservação das tartarugas marinhas, evidenciados pelos aumentos anuais de ninhos a cada temporada reprodutiva, as ameaças e os desafios têm surgido ou se intensificado, como a captura incidental de tartarugas na pesca, o uso e ocupação desordenada das áreas costeiras e o aumento da poluição nas praias e oceanos.
Essa foi a principal conclusão da oficina de avaliação do Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação das Tartarugas Marinhas. O evento ocorreu entre os dias 4 e 6 de novembro, no Centro Ecológico do Projeto Tamar, em Regência, município de Linhares (ES), encerrando um ciclo de cinco anos (o PAN teve início em 2011).
Além da elaboração do novo PAN, que terá validade de mais cinco anos, a oficina também permitiu o fortalecimento dos laços do Centro de Conservação e Pesquisa de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com os outros setores e entidades de todo o país envolvidos na conservação das tartarugas marinhas.
40 participantes - A oficina de avaliação contou com cerca de 40 participantes, entre servidores do Tamar/ICMBio, representantes de organizações não-governamentais, como a Fundação Pró-Tamar (co-executora do PAN), de universidades e outras entidades de pesquisa, além de servidores do Ibama e de outros centros de pesquisa do Instituto.
Para o oceanógrafo e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Agnaldo Silva Martins, os três dias de atividades foram muito produtivos, com todos os participantes bastante envolvidos e voltados para um objetivo comum.
“Se algum dia eu encontrar alguém que queira ameaçar a conservação das tartarugas, já sei o que vou dizer: Esteja preparado. Esses animais estão sendo defendidos por pessoas que são apaixonadas pelo que fazem. Que não vão se desviar de sua missão por dinheiro ou interesses pessoais. Elas estão espalhadas por todo o Brasil. Elas são determinadas. E não vão desistir. No que depender delas, as tartarugas marinhas podem se considerar protegidas”, disse o professor.
Saiba mais
O PAN Tartarugas Marinhas reúne as principais estratégias para a recuperação e conservação das populações das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).
O Projeto Tamar é uma cooperação entre o Centro Tamar/ICMBio e a Fundação Pró-Tamar. Criado há 35 anos, protege cerca de 1.100 km de praias e está presente em 25 localidades, incluindo áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas. Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, serve de modelo para outros países.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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