Palpite do Cabeção levanta a bandeira da conservação dos oceanos na Copa

08/06/2014 - A tartaruga marinha vai indicar resultados das partidas do Brasil na Copa do Mundo 2014 da FIFA. ↓

Ex-atacante da seleção croata de futebol, Davor Suker. grudou adesivo da Croácia na réplica do Cabeção

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O Projeto Tamar, que há 33 anos protege as 5 espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, apresentou no dia 4/06 com a participação do ex-atacante da seleção croata de futebol, Davor Suker, uma brincadeira para chamar a atenção para a importância da conservação dos oceanos. Um macho de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) vai dar palpites sobre os resultados das partidas da Copa, sempre que o Brasil jogar. Na Praia do Forte/BA, onde está um dos centros de visitação que recebe 500 mil pessoas por ano, um espaço especial está preparado para realizar a atividade.

Dois dias antes de cada jogo do Brasil, quem estiver visitando o Projeto na Praia do Forte vai poder acompanhar ao vivo o "Palpite do Cabeção", atividade inspirada no famoso Polvo Paul da Copa FIFA 2010. Três porções iguais de sardinhas serão penduradas em uma estrutura de distâncias equivalentes, parecida a traves e travessão, contendo as opções de resultados ('Brasil', 'Seleção oponente', 'Empate'). Quando entrar no tanque para se alimentar, a primeira opção escolhida pela tartaruga será o palpite do resultado da partida.

"É uma brincadeira que vamos fazer com o público para falar sobre a proteção às tartarugas e aos oceanos, e quem sabe contar com a "sabedoria pré-histórica" do animal que inspirou o nosso Cabeção da Galera da Praia para prever as vitórias do Brasil", anima-se Gonzalo Rostan, biólogo responsável pelo Centro de Visitantes do Tamar Praia do Forte. Antes e depois da atividade, monitores explicarão a importância da conservação desses animais ameaçados de extinção, o que o Tamar faz para protegê-los e o que é possível fazer para colaborar.

Todos os dias acontece a alimentação interativa de tartarugas, peixes, raias e tubarões, nos tanques que integram o complexo de sensibilização e educação ambiental do Tamar, que inclui a base de pesquisa e uma loja.

O Projeto Tamar tem o patrocínio oficial da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental, e o apoio do Título de Capitalização Bradesco Pé Quente. Atua em nove estados brasileiros onde recebe diversos apoios locais.

Tartaruga-cabeçuda

A tartaruga-cabeçuda, nome científico Caretta caretta, é a mais comum desovando no litoral brasileiro, com maior concentração na Bahia, ocorrendo também nos estados de Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O Brasil ocupa a terceira posição entre os sítios de desova dessa espécie no oceano Atlântico.
A espécie é conhecida popularmente por esse nome por causa da sua cabeça proporcionalmente maior que as demais espécies, alcançando até 25 centímetros. Em algumas regiões do Brasil, também é denominada Vovô de Aruanã ou Mestiça.
Podem ter mais de um metro de comprimento de casco, cuja coloração é marrom na parte superior e amarelada na parte inferior, contando com cinco pares de placas laterais. Pesa entre 100 até 180 quilos.
Com uma estimativa mundial de população em torno de 60 mil fêmeas em idade reprodutiva, a cabeçuda atinge a maturidade sexual entre 25 e 30 anos. Cada ninho contém cerca de 120 ovos, em média, com tempo de incubação entre 45 e 60 dias. O intervalo entre os períodos reprodutivos varia de dois a três anos. 
A cabeçuda é carnívora por excelência, durante todas as fases de sua vida. Alimenta-se de caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados com ajuda dos músculos poderosos da sua mandíbula, capazes de quebrar conchas e carapaças de outros animais com facilidade.

Bahia

O litoral norte da Bahia é a principal área remanescente de desova de tartarugas-cabeçudas e tartarugas-de-pente no Atlântico Sul. Também ocorrem desovas de tartarugas-oliva e, em menor número, de tartarugas-verdes.

Imprensa

A iniciativa partiu da editoria de esportes de A TARDE e seu coordenador Marcelo Machado, em parceria com o Projeto Tamar.

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