13/05/2011 - Confira o resultado de um processo de avaliação de pesquisadores e especialistas em tartarugas marinhas coordenado pelo Projeto Tamar/ICMBio. ↓
A Biodiversidade Brasileira, revista científica que acaba de ser lançada pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade – traz em seu primeiro número o resultado de um processo de avaliação de pesquisadores e especialistas em tartarugas marinhas coordenado pelo Projeto TAMAR/ICMBio.
O que deve ser feito para proteger a fauna brasileira? O ponto de partida é a avaliação de seu estado de conservação, que permite o diagnóstico, a identificação e a localização das principais ameaças, das áreas importantes para a manutenção das espécies e da compatibilidade com atividades antrópicas. Tudo isso serve de subsídio para a revisão da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, cumprindo a meta do governo brasileiro como signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB.
Avaliação do estado de conservação das TMs do Brasil – Iniciado em outubro/2009, o processo foi realizado segundo critérios da IUCN – International Union for Conservation of Nature, visando a participação da comunidade científica. De início, foi realizada uma consulta pública através de uma ficha publicada pelo ICMBio em seu website, e os resultados foram enviados para uma consulta dirigida a pesquisadores brasileiros especialistas no táxon. Neca Marcovaldi, coordenadora técnica nacional do Projeto TAMAR e vice-presidente regional do MTSG, coordenou o processo da revisão do táxon Tartarugas Marinhas, e o biólogo Alexsandro Santos, gerente nacional do Sistema de Informações sobre Tartarugas Marinhas (SITAMAR), foi o ponto focal deste processo.
As informações geradas pela consulta pública foram compiladas e um workshop foi realizado para categorizar o grau de ameaça das tartarugas marinhas. Este workshop contou com a presença de membros do TAMAR/ICMBio e da Fundação Pró-TAMAR, da coordenadora da Lista Vermelha Brasileira, Dra. Mônica Peres, da Diretoria de Biodiversidade do ICMBio, e de pesquisadores especialistas em tartarugas marinhas. A avaliação originada foi então enviada para dois pesquisadores anônimos especialistas em critérios da IUCN, para sua validação (“peer-review”).
Resultados - O resultado dessas avaliações transformou-se no primeiro número da revista Biodiversidade Brasileira, que constata que as tartarugas marinhas foram quase que totalmente dizimadas nos últimos cem anos. A publicação traz as cinco espécies que ocorrem no Brasil como ameaçadas de extinção, em diferentes categorias: a tartaruga verde (Chelonia mydas), avaliada como “Vulnerável”; a tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) e a tartatura oliva (Lepidochelys olivacea) como “Em Perigo”; a tartaruga de pente (Eretmochelis imbricata) e a tartaruga de couro (Dermochelys coriacea) como “Criticamente em Perigo”.
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