03/11/2010 - Pesquisadores do Projeto Tamar estiveram no Gabão, África, outubro último (2 a 9/10), em viagem de intercâmbio, a convite de ong’s locais que trabalham na conservação das tartarugas marinhas. Leia mais. ↓
Pesquisadores do Projeto Tamar estiveram no Gabão, África, outubro último (2 a 9/10), em viagem de intercâmbio, a convite de ong’s locais que trabalham na conservação das tartarugas marinhas e com apoio da Embaixada do Brasil e da Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Apresentaram o trabalho que o Tamar realiza há 30 anos no Brasil e conheceram as ações de conservação realizadas no país africano. Anotaram semelhanças e diferenças do que é realizado lá e aqui e identificaram possibilidades de troca de conhecimento e informação, visando a possibilidade futura de um programa de cooperação entre o Brasil e o Gabão.
Foram realizadas reuniões, conferências e visitas a duas das cinco unidades costeiras de conservação: ao Parque Nacional de Pongará, onde ocorrem desovas de tartarugas de couro e oliva; e ao Parque Nacional de D’Akanda, que abriga área de alimentação de verdes dentro do estuário. Também conheceram a região de Cap Esteria, área de alimentação de verdes e de pente, onde se realizam as vaquejadas (captura através de mergulho livre, para estudo e pesquisa).
O reino das Dermochelys - O Gabão tem aproximadamente 90% do seu território preservado com 13 parques nacionais naturais, sendo cinco costeiros. Possui uma das maiores populações de tartaruga de couro (Dermochelys coreacea) do mundo (registra anualmente entre 70 mil e 140 mil rastros em 800km de praias). Mas há situações que precisam de alerta dos pesquisadores, como o que vem ocorrendo no Parque Nacional de Mayumba - maior sítio reprodutivo dessa espécie -, que vem apresentando variações no número de desovas - de 4.600 para 900 ninhos, nas últimas três temporadas. Além das tartarugas de couro, registram-se, em menor quantidade, áreas de desovas de tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea) e de pente (Eretmochelys imbricata). Há também áreas de alimentação de tartarugas-de-pente e verdes (Chelonia mydas).
No Gabão não há legislação que proteja as tartarugas. É livre o consumo de ovos e carne no dia-a-dia e nos rituais tradicionais de casamento. A sorte é que cerca de 90% estão na cidade de Lebreville, no interior, e as pequenas comunidades ficam na mata, por conta de mitos e temores em relação ao mar – sem contar o medo de ser surpreendido por rinocerontes, hipopótamos, elefantes e felinos diversos que habitualmente chegam à praia para tomar banho e se alimentar.
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