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Mais um peixe geléia capturado durante testes do anzol circular

28/05/2010 - Mais um exemplar adulto do peixe cabeça-de-geléia, com cerca de 2.15m de comprimento, foi capturado por uma das equipes do Projeto Tamar/ICMBio responsáveis pelos testes dos anzóis circulares, que capturam peixes protegendo as tartarugas. Leia mais. ↓

Mais um peixe geléia capturado durante testes do anzol circular

Mais um exemplar adulto do peixe cabeça-de-geleia, com cerca de 2.15m de comprimento, foi capturado por uma das equipes do Projeto Tamar/ICMBio responsáveis pelos testes dos anzóis circulares, que capturam peixes protegendo as tartarugas marinhas.  Este foi o terceiro exemplar fisgado pelo anzol circular e atraído por uma isca de sardinha acompanhada de luz artificial, a cerca de 800m de profundidade.
Segundo o coordenador nacional do Tamar, oceanógrafo Guy Marcovaldi, a captura de mais um indivíduo vai auxiliar na confirmação da nova espécie, descoberta ano passado pelas equipes do Projeto. O anzol circular reduz a captura incidental de tartarugas e aumenta a produtividade das pescarias, completa Marcovaldi, com base nas experiências que o Tamar vem fazendo, em várias áreas do litoral brasileiro.
A descoberta dessa nova espécie de peixe de águas profundas aconteceu em setembro do ano passado, quando o primeiro exemplar adulto foi capturado na Praia do Forte, litoral norte da Bahia, a 10km da costa e aproximadamente 1000m de profundidade. Um filhote foi capturado meses depois, na mesma região.
Na Praia do Forte, peixes de profundidade têm sido capturados durante os testes com o anzol circular, gerando novos registros de família e gênero para o Brasil e o Atlântico Sul, além de espécies novas para o mundo. Como o cabeça-de-geléia, que é de uma superordem exclusiva da sua família, a Ateleopodidae, com quatro gêneros (Ateleopus, Parateleopus, Guntherus e Ijimaia) e 12 espécies conhecidas no Caribe, Atlântico e Pacifico. É um peixe muito gorduroso, possui esqueleto largamente cartilaginoso e focinho bulboso.
Para comprovar que a espécie é desconhecida, o Tamar contou com apoio do professor Claudio Sampaio, da Universidade Federal da Bahia, especialista em peixes, e dos ictiólogos Alfredo Carvalho Filho, pesquisador da Fish-Bizz Ltda, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecília. Todos os exemplares  permanecem à disposição dos pesquisadores e ictiólogos,  no Museu do Centro de Visitantes da Praia do Forte.

Veja o vídeo do primeiro exemplar capturado.

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